Sete distritos do continente - Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco e Santarém - vão estar entre terça e quinta-feira sob aviso vermelho devido ao tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera
As temperaturas máximas podem ultrapassar os 40 graus e há também previsão de vento forte, uma combinação perigosa que faz disparar o risco de incêndio, como explica Sílvia Almeida Nunes, investigadora do Instituto Dom Luiz.
“Vamos ter temperaturas muito elevadas. Também vamos ter vento, que não é bom para para os fogos. O que está a acontecer é que temos um anticiclone que está a fazer com que o ar acabe por estar por cima do Norte de África e Europa a a fazer uma repetição dele, digamos assim, vai andar à volta e acaba por trazer ar muito quente e muito seco que vai provocar estas temperaturas tão elevadas.”
Sílvia Almeida Nunes diz que a partir de quinta-feira as temperaturas vão começar a baixar, primeiro no litoral, sendo que no interior Norte o perigo meteorológico de incêndio deverá manter-se até ao fim de semana.
A investigadora do Instituto Dom Luiz confirma que só os Açores escapam à previsão de temperaturas elevadas e alerta para o facto de estes episódios de ondas de calor se virem a tornar cada vez “mais recorrentes, mais frequentes e com maiores durações”.
A partir do final da semana “o anticiclone vai fazer com que desça um pouco a temperatura”, tal como aconteceu anteriormente este verão, Portugal não é tão afetado pelas altas temperaturas como o resto da Europa devido à influência do anticiclone, mas a Sílvia Almeida Nunes diz que “poderá vir a haver outra onda de calor ainda este ano”.
Quanto à possibilidade de ainda este mês voltarmos a ter períodos de muito calor, a investigadora explica que “é complicado termos essa previsão tão certa. A verdade é que não nos podemos esquecer que ainda vem o mês de setembro, o mês de outubro”, meses que nos últimos anos têm registado temperaturas elevadas com condições propícias a incêndios.
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