O MH-1 é resultado de uma parceria internacional com o Massachusetts Institute of Technology (MIT). Foi liderado pela Thales Edisoft Portugal com o CEiiA e envolveu um consórcio de 12 entidades, entre as quais as empresas SpinWorks e Dstelecom e as Universidades do Minho, do Porto e do Algarve, o Instituto Superior Técnico (IST), o CoLab + Atlântico, o Okeanos e o Air Centre.
O CEiiA é o proprietário do satélite e foi responsável pelo desenvolvimento da estrutura e pela integração completa, incluindo os testes de qualificação e logística associada ao lançamento. A operação do MH1 será assegurada pela GEOSAT, participada do CEIIA e Omnideia. O MH-1 está equipado com uma câmara Hiperespectral da Spinworks e as comunicações da Dstelecom. A Thales foi responsável pelo software, ground station, pelos primeiros checks após o lançamento e o primeiro ciclo de operação. A Opencosmos desempenhou um importante papel na logística de suporte ao lançamento. De destacar também a importância da ANACOM no processo de licenciamento do satélite.
Segundo Dava Newman, astronauta, ex-administradora da NASA e professora do programa Apollo para astronautas no MIT, “a investigação e o desenvolvimento técnico e tecnológico do projeto Aeros superaram todas as expectativas, pois passou de um protótipo para um sistema voador no espaço”, disse, destacando o papel do CEiiA em todo o processo até ao lançamento do satélite.
Dava Newman sublinhou que a parceria entre as instituições portuguesas e as universidades internacionais como o MIT é essencial e deve ser mantida. “Resulta em nova formação e empregos altamente qualificados de uma nova geração de engenheiros líderes de sistemas multidisciplinares do nosso futuro espacial e do nosso futuro aqui na Terra. Estamos a formar os futuros líderes em setores importantes como clima, espaço, oceanos, urbanismo, mobilidade e energia”, acrescentou.
O lançamento do MH-1 representa um passo de uma estratégia bastante mais alargada na área do Espaço que envolve o desenvolvimento da primeira família de satélites de alta e muito alta resolução que está já em desenvolvimento em Portugal, a partir do CEiiA com a inglesa Opencosmos e a alemã OHB.
Esta nova geração de satélites irá substituir os atuais satélites operados pela Geosat (que é, a par da Airbus, um dos dois operadores de satélites de muito alta resolução da Europa) e fazem parte da participação portuguesa da Constelação do Atlântico.
Durante a cerimónia, foi também explicado o significado do nome dado ao satélite
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