Cinco candidaturas avançam este ano
“A nossa economia está em crescimento, mas falta mão de obra qualificada. É preciso capacitar o país para dar resposta às necessidades da indústria, das empresas. A primeira linha de resposta está sempre ao nível local”, afirma a presidente da Câmara de Matosinhos. Luísa Salgueiro falou na sessão de assinatura de protocolos entre o município, as escolas secundárias e as escolas profissionais, no âmbito da candidatura à constituição de Centros Tecnológicos Especializados. O objetivo é a modernização da oferta e dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional. A parceria com o município de Matosinhos é um dos passos necessários para a candidatura, ao abrigo do financiamento do Plano Recuperação e Resiliência (PRR) e de acordo com os objetivos da Estratégia Nacional 2030. Entre 2022 e 2025, estão previstos 365 Centros Tecnológicos Especializados em todo o país. Em Matosinhos, nesta primeira fase, serão submetidas cinco candidaturas, nas seguintes áreas: Especialização Tecnológica Industrial (Escola Secundária João Gonçalves Zarco e Escola Profissional Alternância); Especialização Tecnológica Informática (Escola Secundária Augusto Gomes e Escola Profissional EPROMAT); Especialização Tecnológica Digital (Escola Profissional EPROMAT). Apesar de não estar sediada em Matosinhos, a candidatura da Escola Artística e Profissional Árvore, na Área de Especialização Tecnológica Digital, conta igualmente com o apoio da autarquia. Para 2023, estão previstas outras seis candidaturas. “Coragem” foi a palavra que o vereador da Educação utilizou para definir as candidaturas que serão submetidas nesta primeira fase, elogiando o trabalho das entidades promotoras face ao valor “significativo” do investimento no que respeita aos valores de referência. O investimento previsto por cada Centro Tecnológico Especializado varia entre 1,1 e 1,7 milhões de euros de acordo com a tipologia por área de especialização tecnológica. Para os 365 centros a serem criados no país, a dotação global estimada é de 480 milhões de euros. “Este é um momento muito importante para a credibilização do ensino profissional do país e no concelho. A evolução tecnológica lança constantes desafios à oferta formativa, que se tem de adequar às necessidades do mercado de trabalho”, salientou António Correia Pinto.
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