Direção Executiva está a criar uma rede de referenciação para as urgências obstétricas este verão. Plano ficará pronto este mês e pode implicar fechos alternados. Avaliações começam em reunião dia 10
A Direção Executiva do SNS pretende delinear ainda este mês o funcionamento de uma rede de referenciação das urgências de ginecologia e obstetrícia para este verão — e isso pode implicar o fecho alternado desses serviços, à semelhança do que aconteceu no Natal e Passagem de Ano, dependendo da avaliação que se fizer da resposta do SNS nos últimos dois fins de semana.
Os trabalhos de avaliação à resposta do SNS no Natal e Ano Novo — que servirão para decidir se algumas maternidades fecham ou não durante o verão — vão começar numa reunião a 10 de janeiro. Participarão os conselhos de administração dos hospitais cujas urgências funcionaram em rede nos últimos fins de semana (de Natal e de Passagem de Ano), as direções dos serviços de ginecologia e obstetrícia, pediatria e anestesiologia, as administrações regionais de saúde (ARS) e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Num comunicado enviado esta segunda-feira, a Direção Executiva do SNS avançou que os dados recolhidos nas últimas duas semanas vão “informar as decisões seguintes, nomeadamente o funcionamento desta rede de referenciação no primeiro trimestre de 2023 e o verão do próximo ano, que estão já em preparação”: “Face à complexidade deste processo, todo o período de verão de 2023 está já ser preparado neste inverno”.
Os últimos comunicados da Direção Executiva do SNS fazia um balanço positivo da rede de referenciação implementada nos últimos dois fins de semana, que implicava constrangimentos no funcionamento de alguns serviços (e a garantia de funcionamento noutros) entre as 8h de sexta-feira e as 8h da segunda-feira seguinte.
De acordo com o comunicado, nasceram 849 bebés em hospitais público (366 no Natal e 483 no Ano Novo). A operação “Nascer em Segurança no SNS” assegurou “uma resposta articulada a todas as utentes que recorreram aos serviços de saúde” e os blocos de parto que estavam escalados para funcionar em pleno conseguiram “funcionar de forma ininterrupta”, sem “intercorrências”.
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