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Grupo Lionesa alerta para necessidade de otimizar Linha de Leixões

Dos 7000 colaboradores do Lionesa Business Hub, mais de metade manifestaram interesse em usar o comboio diariamente. O grupo disponibiliza 9 viagens diárias à estação para colmatar dificuldades no acesso dos trabalhadores.

 


A Linha de Leixões, reativada a 9 de fevereiro, já moveu cerca de 18 mil passageiros, mas apesar do sucesso e dos resultados notórios na comunidade do Lionesa Business Hub (LBH), o grupo aponta alguns desafio para o futuro breve.

Para Eduarda Pinto, diretora geral do LBH, “esta infraestrutura enfrenta desafios que podem comprometer a sua viabilidade a longo prazo”. Com a futura integração da rede de autocarros UNIR e a instalação de docas para bicicletas e trotinetes elétricas, “o trajeto ainda carece de intervenção para garantir uma experiência de mobilidade mais eficiente e acessível”, ressalva. “Sem um plano de investimento e requalificação que contemple estas necessidades, a linha corre o risco de não atingir o seu verdadeiro potencial como solução estruturante para a mobilidade da região”, adianta a responsável. 

Deste modo, o Grupo Lionesa mostra-se disposto “a criar condições na própria estação”, realçando que a falta de conforto e de infraestruturas de acesso “pode levar rapidamente ao desuso da linha”.

Eduarda Pinto adiantou ainda que “Estamos a trabalhar num projeto de expansão que prevê que atinjamos os 20 mil colaboradores em 2030. Estes números comprovam a importância da linha para a mobilidade na região e a aposta no crescimento da mesma, mas temos de afinar detalhes que podem fazer toda a diferença no aumento da procura”.

Ainda que a estação esteja a 15 minutos a pé as infraestruturas de acesso “são insuficientes”, o que levou o Lionesa Business Hub a disponibilizar um shuttle para estabelecer a ligação entre o campus e a estação. Diariamente são feitas 9 viagens gratuitas e exclusivas para a comunidade de colaboradores do hub.

Para Eduarda Pinto, “a travessia da linha para o outro lado da estação, é uma medida que ajudaria a reduzir o tempo de trajeto para metade e que irá contribuir significativamente para o aumento e eficiência do percurso”. Ao mesmo tempo, com as infraestruturas da estação de Leça do Balio a servir como armazém para uma empresa de construção, o conforto dos passageiros que a utilizam é comprometido. “A mobilidade é um fator essencial, uma mudança chave para a atração de talento de gerações que tanto valorizam o transporte público moderno, eficaz e sustentável”, acrescenta.

Atualmente com o processo em fase de expansão, o Lionesa Business Hub pretende aumentar a área útil do seu campus e disponibilizar novos serviços. Além de escritórios, o espaço inclui opções de alojamento, campos de paddle, restaurantes, ginásio, entre outros.

Em janeiro de 2023, o LBH encabeçou um movimento de mais de uma centena de empresas que operam na Via Norte, para apelar à ativação urgente de um sistema de transporte regular de passageiros na Linha de Leixões. Numa carta enviada ao então Ministro das Infraestruturas, reclamaram uma solução de mobilidade integrada, não poluente e multimodal, capaz de assegurar a melhoria da mobilidade das mais de 15 mil pessoas que operam no local e de, simultaneamente, promover a competitividade do transporte coletivo público. Além do Lionesa Bussiness Hub, em representação das mais de 120 empresas que alberga, são subscritores da proposta 12 empresas que operam na Via Norte, entre as quais a Sonae, o Super Bock Group, a Efacec, a CIN, a Schmitt Elevadores, a Makro, o Grupo AJPinto, a Pemel, a Famotor e a Petibol.

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