Num balanço da atividade anual do 𝗟𝗮𝗯𝗼𝗿𝗮𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗘𝗰𝗼𝗰𝗮𝗿𝗱𝗶𝗼𝗴𝗿𝗮𝗳𝗶𝗮 da Unidade Local de Saúde de Matosinhos podemos dizer que foram feitos mais de 7.000 ecocardiogramas transtorácicos, sendo que aproximadamente 1.000 foram executados de acordo com as especificações das recomendações internacionais relativas à Cardio-Oncologia.
Esta é, de acordo com o cardiologista Daniel Seabra, “uma área em profundo crescimento dada a prevalência crescente da doença oncológica. O principal objetivo é monitorizar de forma ativa a função cardíaca no sentido de identificar e minorar os efeitos nefastos que a terapêutica para o cancro pode condicionar a nível cardiovascular”, especificou.
Para Daniel Seabra, um dos médicos da equipa do Laboratório de Ecocardiograma, “estas estratégias acarretam uma marcada exigência para os laboratórios de ecocardiografia pelo volume e grau de diferenciação que implicam” daí a necessidade de “criar uma estrutura organizacional própria, permitindo, desta forma, uma avaliação adequada e individualizada”.
O 𝗟𝗮𝗯𝗼𝗿𝗮𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗘𝗰𝗼𝗰𝗮𝗿𝗱𝗶𝗼𝗴𝗿𝗮𝗳𝗶𝗮, creditado pela Sociedade Europeia de Cardiologia, realizou ainda 235 ecocardiogramas de sobrecarga farmacológica. “Exame que tem por objetivo o estudo da doença das artérias coronárias (as artérias que irrigam o músculo cardíaco), das válvulas cardíacas e do músculo cardíaco (miocárdio) com o esforço que, nesta modalidade, é induzido por fármacos com essa propriedade”, afirmou Daniel Seabra.
Foram também efetuados 195 ecocardiogramas transesofágicos - um método de avaliação complementar ao ecocardiograma transtorácico, estando particularmente recomentado para a avaliação pormenorizada e detalhada das válvulas cardíacas, próteses valvulares ou outros dispositivos intracardíacos. A realização deste tipo de ecocardiogramas é “uma mais-valia na orientação para tratamento diferenciados, principalmente na patologia valvular e cerebrovascular”.
O 𝗟𝗮𝗯𝗼𝗿𝗮𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗘𝗰𝗼𝗰𝗮𝗿𝗱𝗶𝗼𝗴𝗿𝗮𝗳𝗶𝗮 da ULSM tem ainda um papel importante na formação de profissionais, “nomeadamente na formação pós-graduada. Anualmente recebemos internos de formação específica de Medicina Interna, Anestesiologia e Medicina Intensiva onde estes têm oportunidade de contactar com as diversas modalidades ecocardiográficas, avaliar indicações para a sua realização e valorização de achados. Têm ainda vivência, na qualidade de observador, com as vertentes da ecocardiografia mais avançada como contraste, strain, “myocardial work” e 3D”, evidencia o nosso cardiologista Daniel Seabra.
Toda uma atividade que, assegura, “tem como foco providenciar uma abordagem ecocardiográfica que prima pelo rigor, qualidade, resposta atempada e diferenciação, com uma equipa composta por médicos, técnicos de diagnóstico e terapêutica, enfermeiros e auxiliares de ação médica. Só com todos é possível desenvolver um bom trabalho".
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