Os surtos de legionella em Portugal, nos últimos dois meses, não se verificaram apenas em Caminha e Matosinhos. Desde o início de outubro são já 66 os casos confirmados e 39 os suspeitos já identificados pelas autoridades de saúde em todo o País. Há a registar a morte de pelo menos quatro pessoas devido à doença.
Os números são agora avançados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) ao Público, e mostram que maioria dos casos está localizada na região Norte.
No mesmo período, para além da morte de um idoso num lar em Matosinhos, houve outras três mortes devido à legionela, e que ainda não eram publicamente conhecidas.
No total de 105 casos contabilizados pela DGS, 62 foram contados no Norte e 27 na Região de Lisboa e Vale do Tejo.
Já as outras três mortes, a DGS não esclarece onde foram registadas, mas indica que “ocorreram em pessoas entre os 77 e os 90 anos, sendo um dos casos relacionado com o surto de Matosinhos e os restantes são casos esporádicos e sem evidência de ligação com os surtos ou com outra fonte comum”.
A letalidade está em linha com o habitual, verificado entre 2018 e 2022, mas é notório o aumento de casos, Nos últimos dois meses conta-se já praticamente metade do total de casos registados de legionela em 2022, que foi de 245.
Nesse ano, em que morreram cinco pessoas no nosso País com a doença, os números foram bem maiores na União Europeia: contaram-se 790 mortes associadas, 194 das quais em França, 132 na Alemanha e 118 em Espanha.
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