Ministro da Saúde falou aos jornalistas à margem da iniciativa "4 Agendas Mobilizadoras da Saúde" no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu esta segunda-feira em Matosinhos que estarão disponíveis num período de oito a dez semanas as vacinas necessárias para que todos os portugueses que têm indicação se possam vacinar.
Em declarações à margem da iniciativa "4 Agendas Mobilizadoras da Saúde" no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Manuel Pizarro respondeu assim à revelação esta segunda-feira feita pela Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar, de que há centros de saúde com um 'stock' muito reduzido, ou mesmo nulo, de vacinas contra a gripe, situação que só deverá estabilizar a partir da segunda semana de outubro.
"Esta campanha é para decorrer entre oito a dez semanas, primeiro porque seria logisticamente impossível vacinar toda a gente numa ou duas semanas, e como sempre dissemos estamos a receber paulatinamente os fornecimentos das vacinas por parte das empresas a quem as adquirimos", disse o ministro.
"Porque é que elas não estão cá todas? Porque estas vacinas estão preparadas para as estirpes mais recentes do vírus da gripe e da covid. O seu processo de fabrico começou há poucas semanas. É preciso tranquilizar em absoluto as pessoas. Estarão disponíveis neste período, de oito a dez semanas, todas as vacinas que são necessárias, para que todos os portugueses que têm indicação se possam vacinar", adiantou.
O vice-presidente da Associação Nacional das unidades de Saúde Familiar (USF-AN), Diogo Urjais, disse à Lusa que esta situação de deve ao número reduzido de vacinas da gripe atribuídas aos cuidados de saúde primários e ao atraso no fornecimento de vacinas por parte dos laboratórios.
"Não estarão todas disponíveis nos primeiros dias ou nas primeiras semanas (...) mas tem uma vantagem: é que nunca como desta vez houve 3,5 mil lugares onde os portugueses se podem vacinar", respondeu Manuel Pizarro.
A vacinação contra a gripe, que este ano decorre em simultâneo com a da covid-19, arrancou na passada sexta-feira, decorrendo preferencialmente nas farmácias comunitárias para os maiores de 60.
No SNS será feita a vacinação das pessoas com menos de 60 anos com patologias de risco, das grávidas e dos profissionais dos serviços de saúde (públicos e privados) e de outros serviços prestadores de cuidados de saúde, estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes e prestadores de cuidados a pessoas dependentes que serão convocados pelos respetivos centros de saúde onde estão inscritos.
Haverá ainda vacinação nos lares, na rede de cuidados continuados integrados e nas prisões feita por profissionais do Serviço Nacional de Saúde.
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