Norman Foster em Matosinhos

Arquiteto visitou a Piscina das Marés

Norman Foster, arquiteto inglês de renome, esteve ontem em Matosinhos, na Piscina das Marés, obra do arquiteto matosinhense Álvaro Siza Vieira. Acompanhado pelo Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos, Fernando Rocha, pela Vereadora do Desenvolvimento Económico, do Comércio e Turismo, Marta Pontes, e pelo administrador da Matosinhos Sport, Henrique Calisto, Norman Foster visitou a Piscina das Marés, uma obra de referência, segundo as suas palavras. Monumento Nacional desde 2011, a Piscina das Marés é o único edifício português incluído no livro "Cem edifícios do século XX", uma publicação de referência da arquitetura mundial do século XX coordenada por Thom Mayne e que reúne vários vencedores do Prémio Pritzker, entre eles Álvaro Siza. Construída na década de 1960 e inaugurada em 1966, a Piscina das Marés foi, entre 2019 e 2021, alvo de uma grande intervenção em virtude da deterioração de vários elementos, como a estrutura do betão armado, o tanque principal da piscina e o sistema de filtração de água salgada. Álvaro Siza Vieira assinou o projeto de reabilitação, tendo acompanhado de perto a execução dos trabalhos e todas as suas especificidades. Refira-se que Norman Foster, atualmente Barão Foster do Tâmisa, nasceu em Stockport, na região de Cheshire, Inglaterra, em 1935. De família humilde, sempre se destacou como um aluno aplicado, pelo seu excelente desempenho nas escolas onde estudou e desde cedo demonstrou certo interesse pela arquitetura. Foster estudou arquitetura na Universidade de Manchester, licenciando-se em 1961. Mais tarde tornou-se amigo de Richard Rogers, seu futuro parceiro comercial, na Universidade de Yale, onde concluiu o seu mestrado. Regressou ao Reino Unido em 1962 e tornou-se um dos maiores arquitetos da Europa. É conhecido mundialmente pelo estilo de arquitetura arrojada e por concretizar obras e restaurações dos prédios pertencentes aos órgãos do governo de vários países, utilizando sistemas inteligentes de projeto. Tem obra espalhada pelo mundo, nomeadamente no Reino Unido, Hong Kong, França, China, Alemanha, Espanha, Cazaquistão, Estados Unidos da América, entre outros. Além de um título de nobreza e do Prémio Pritzker, Norman Foster recebeu também por duas vezes o prémio Stirling e o Prémio Príncipe de Astúrias.