Empresa líder no setor das bebidas aposta em energia renovável, eficiência hídrica e restauro ecológico. Veja aqui fotos da apresentação do Roteiro da Descarbonização, que contou com a presença de Pedro Reis, Ministro da Economia.
O Super Bock Group, a maior empresa de bebidas em Portugal, anunciou um investimento superior a 80 milhões de euros no seu Roteiro de Descarbonização, um plano ambicioso que decorre entre 2022 e 2030 e visa reduzir significativamente a sua pegada ambiental. A iniciativa inclui a adoção de energias renováveis, a gestão eficiente da água, a redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e projetos de restauro ecológico.
O investimento foi anunciado pelo CEO do Grupo, Rui Lopes Ferreira, no dia 7 de fevereiro, numa cerimónia conjunta com a Greenvolt, e contou com a presença do Ministro da Economia, Pedro Reis, e do Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa. Segundo Rui Lopes Ferreira, “este é um plano de investimentos claro e muito bem sustentado, que continua a mostrar o nosso compromisso com a sustentabilidade”, sublinhando a importância da hierarquia de mitigação: evitar, minimizar, restaurar e compensar.
Após a chegada do Ministro da Economia, Pedro Reis, deu-se uma visita pela Casa da Cerveja, onde foi possível observar a fábrica e linhas de enchimento da cerveja, e também visitar o museu que possui toda a história da empresa, desde a Companhia União Fabril Portuense até à Super Bock que hoje conhecemos.
À chegada à unidade onde se encontram as caldeiras, o CEO do Super Bock Group, Rui Lopes Ferreira, deu início à cerimónia. No seu discurso inicial, realçou a intenção e compromisso da marca de atingir a neutralidade carbónica em 2030, promovendo o restauro ecológico e redução das emissões. O que hoje leva 3 litros para produzir uma cerveja, a marca prevê que se gastem apenas 2,2 litros em 5 anos. O CEO prometeu ainda "não esquecer o investimento na melhoria de condições de trabalho dos colaboradores. É o nosso caminho até 2030.”
De seguida, João Manso Neto, CEO da Greenvolt, teve a palavra, lançando a possibilidade de, em conjunto, “fazer um programa para fornecedores da Super Bock”. Mais tarde, ambos assinaram a parceria Projeto Energia Solar e Comunidades Energia entre o Super Bock Group e a Greenvolt.
Na mesma ocasião, deu-se a assinatura do Protocolo de Mecenato entre o Super Bock Group, o Corredor do Rio Leça e a Associação de Municípios, com Alberto Costa, Manuela Álvares, vereadora da CM Matosinhos e o CEO do grupo. Posteriormente, seguiu-se a assinatura de um protocolo de Cooperação entre o Super Bock Group e a ANP | WWF, com a participação de Ângela Morgado, diretora executiva da ANP, e Rui Lopes Ferreira.
Manuel Violas, Presidente do Conselho de Administração do Super Bock Group, interveio de seguida, realçando: "O nosso compromisso é inabalável. Apoiar o desenvolvimento económico e social do país". Por fim, Pedro Reis, Ministro da Economia, discursou sobre o estado económico da Europa e de Portugal, realçando a gestão da Super Bock e o empenho dos seus colaboradores ao longo dos anos. O autarca terminou a intervenção salientando: "Se Portugal replicar o que se vê aqui, o futuro é nosso! Parabéns.”
Comunidades de Energia e Energias Renováveis
O Super Bock Group está a investir na instalação de cinco unidades de produção de energia para autoconsumo e comunidades energéticas, em parceria com a Greenvolt Comunidades. Até 2026, estarão em funcionamento mais de 15.000 painéis solares fotovoltaicos, com uma capacidade instalada superior a 8.000 MWp, permitindo evitar a emissão de mais de 3.000 toneladas de CO2 por ano. O projeto permitirá ainda que o excedente energético seja partilhado com mais de 1.500 famílias num raio de 4 quilómetros das unidades de produção.
As unidades abrangidas por este projeto incluem a sede em Matosinhos (Leça do Balio), a unidade de Santarém e os centros de produção de águas minerais naturais em Pedras Salgadas, Castelo de Vide e Ladeira de Envendos.
Reconhecendo que a água é um recurso essencial para a sua atividade, o Super Bock Group tem como objetivo otimizar a sua utilização e reduzir o desperdício. A empresa pretende atingir um consumo de apenas 2,2 litros de água por litro de bebida produzida até 2030, uma melhoria significativa face aos mais de 10 litros registados nos anos 90. Para tal, tem vindo a adotar tecnologias mais eficientes e a implementar sistemas de reaproveitamento de água em circuito fechado.
O compromisso ambiental da empresa estende-se também à biodiversidade, com dois grandes projetos de restauro ecológico em Pedras Salgadas e Leça do Balio. Em Pedras Salgadas, está em curso uma iniciativa em parceria com a ANP|WWF que irá expandir a cobertura arbórea do Parque Termal de 20 para 26,3 hectares, aumentando a retenção de água e permitindo o sequestro de até 69 toneladas de CO2 por ano. Em Leça do Balio, o projeto de restauro da Quinta da Sabina prevê a criação de microhabitats para a biodiversidade e a proteção das águas subterrâneas, com o sequestro de até 22 toneladas de CO2 por ano.
Além disso, a empresa colabora com a Associação Corredor Rio Leça na recuperação dos 48 quilómetros do rio Leça, reforçando a sua aposta na proteção dos ecossistemas locais.
Compromisso a Longo Prazo
O Roteiro de Descarbonização do Super Bock Group está alinhado com a sua estratégia “4 Authentic Tomorrow”, baseada nos pilares ESG (Environmental, Social, and Governance), e tem como principais eixos “Menos Água”, “Menos Carbono”, “Mais Consumo Responsável” e “Mais Pessoas e Comunidade”.
A empresa iniciou também o processo de submissão à Science Based Target Initiative (SBTi), com o objetivo de definir metas concretas para a redução das emissões na sua cadeia de valor. Esta é uma etapa essencial para garantir que a transição para um modelo mais circular e sustentável seja uma realidade.
Com este investimento, o Super Bock Group reforça a sua posição como um exemplo de inovação e responsabilidade ambiental no setor industrial, contribuindo para a transição energética e climática de Portugal.
O evento terminou com um brinde conjunto, celebrando a Super Bock e o trabalho em prol do ambiente dos próximos anos.
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