O reitor da Universidade do Porto anunciou no passado dia 22 um conjunto de obras a serem realizadas neste ano, incluindo o início das empreitadas de três novas residências universitárias e o avanço do Centro de Inovação e Desenvolvimento em Matosinhos.
"No decorrer de 2024, prevemos iniciar as obras em três novas residências: António Cardoso, Jaime Rios de Sousa e Campo Alegre II, como parte do nosso ambicioso plano para aumentar em cerca de 70% o número de camas disponíveis nos serviços sociais da Universidade", afirmou António de Sousa Pereira, durante a sessão solene de comemoração dos 113 anos da instituição.
De acordo com o reitor, a Universidade do Porto (U.Porto) pretende expandir a oferta de residências e cantinas e continuar a fortalecer, com recursos próprios, os apoios estatais em bolsas e outros benefícios sociais, com o objetivo de compensar o subfinanciamento da ação social no ensino superior.
António Sousa Pereira também mencionou os "primeiros passos" dados para a concretização do Centro de Inovação e Desenvolvimento, a ser construído nos terrenos da antiga refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, que representa "o primeiro passo do maior projeto da Universidade do Porto para as próximas décadas".
"Este primeiro edifício permitirá criar um centro de excelência e interação com as empresas nos campos da energia verde, telecomunicações e perceção computacional", destacou.
A escritura de cedência do terreno pela Câmara de Matosinhos foi assinada em fevereiro, com previsão de conclusão ainda este ano do projeto arquitetónico do edifício, financiado pelo Fundo para uma Transição Justa, com um investimento total estimado em cerca de 30 milhões de euros.
Além disso, foi ressaltado o trabalho em andamento no Edifício Abel Salazar, que deverá ser concluído até o final do ano, com um orçamento de quase 10 milhões de euros. Este projeto proporcionará à U.Porto instalações voltadas para a formação contínua, formação transdisciplinar não conferente de grau, investigação biomédica e interação com a comunidade.
A estes investimentos se somará, ainda este ano, o início da construção do FLUP-ID, uma infraestrutura estimada em cinco milhões de euros, que melhorará as condições para os investigadores da Faculdade de Letras, bem como a requalificação do casario da Quinta de Lamas, no polo da Asprela, a ser concluída nas "próximas semanas", criando um centro de promoção da inovação entre a universidade e a indústria, com um orçamento próximo de três milhões de euros.
A U.Porto foi formalmente constituída em 1911 e atualmente é composta por 14 faculdades, 48 unidades de investigação, uma Business School, 2.500 docentes e investigadores e mais de 30 mil estudantes.
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