A Área Metropolitana do Porto pretende ter em funcionamento uma nova rede metropolitana de autocarros e o presidente do organismo, Eduardo Vítor Rodrigues, afirma que “se tivesse de apontar o prazo” para o início da operação, diria “que era o final do primeiro semestre de 2023″.
O também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia mostrou-se “muito otimista” face ao levantamento do efeito suspensivo, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto, de uma impugnação ao concurso público de transporte rodoviário de passageiros, feito por operadoras que o perderam.
O concurso público de 394 milhões de euros irá abranger uma nova rede uniformizada de 439 linhas, incluindo bilhete Andante, em que a frota de autocarros deve apresentar “uma imagem comum em todo o território”.
Eduardo Vítor Rodrigues considera que com “o tempo decorrido, o amadurecimento que tivemos do processo, a disponibilidade das empresas que ganharam, o brio das empresas que perderam e que de hoje para amanhã podem ganhar outra vez – e portanto têm também uma imagem a preservar – vai permitir uma transição tranquila”.
O presidente da AMP tinha já referido que não vai haver “uma substituição automática de um dia para o outro” entre a rede atual e a futura, existindo “um processo gradual” que “tem de ser consensualizado”.
Quanto à decisão do tribunal de 21 de julho, acerca da impugnação da União de Transporte dos Carvalhos, Espírito Santo e MGC Transportes, o autarca considerou que “demonstrou a razoabilidade dos argumentos da Área Metropolitana” e que “muitas das coisas que estavam a ser ditas pelas operadoras estavam no limite da verdade”.
O TAF do Porto tem ainda de se pronunciar em relação a uma ação idêntica de outras operadoras (Valpi, Pacense e Gondomarense) que perderam o concurso, para que o processo possa avançar definitivamente e ser remetido ao Tribunal de Contas.
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